terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma viagem ao Egito Antigo

Introdução

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).

Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.

A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.

A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.


A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).

A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.

Papiro

O que é, características, uso na história

Esta planta, da família das cyperaceas, é muito comum nas margens de rios da África. As folhas são longas e fibrosas, um pouco semelhantes às folhas de cana-de-açúcar.

No Egito Antigo, o papiro era encontrado nas margens do rio Nilo. Foi muito utilizado pelos egípcios para diversos propósitos. As folhas eram sobrepostas e trabalhadas para serem transformadas numa espécie de papel, conhecido pelo mesmo nome da planta. Este papel (papiro) era utilizado pelos escribas egípcios para escreverem textos e registrarem as contas do império. Vários rolos de papiro, contando a vida dos faraós, foram encontrados pelos arqueólogos nas pirâmides egípcias.

O papiro tinha outras funções no Egito Antigo. Os artesãos utilizavam a planta para a fabricação de cestos, redes e até mesmo pequenas embarcações (através da formação de feixes). Era também utilizado como alimento pelas pessoas mais pobres e também para alimentar o gado.

Até hoje os egípcios plantam e utilizam o papiro, porém podemos encontrar plantações desta planta em regiões do sul da Itália.

Mito de Osíris

Mumificação - Pesagem das Almas

Segundo a lenda, Osíris foi um bom governante do Egito. Seth, seu írmão, movido pela inveja e utilizando as suas artes maléficas, mandou assassiná-lo e cortá-lo em pedaços. A esposa de Osíris, Ísis, procurou os seus restos por todo o Egito e, com a ajuda de Néftis, embalsamou-o.

A maldade de Seth não ficou impune, uma vez que os Deuses, instigados por Hórus, filho de Osíris, o levaram a julgamento e o condenaram. Baseados nisso, os egípcios, inclusive o faraó, deviam submeter-se a este julgamento para poder gozar junto a Osíris de uma eternidade nos campos de Iaru (paraíso).

Embora as origens dessa crença remontem ao Antigo Império, segundo atestam alguns túmulos, as representações da psicostasia foram mais abundantes durante o Novo Império. Diodoro Sículo (século I a.C.) também fala de um tribunal a que se submetia a múmia antes de ser sepultada. Antes de chegar à Sala das Duas Verdades para o julgamento, o morto já se havia purificado mediante alguns rituais e para agradar aos deuses, oferecia-lhe flores de lótus, símbolo da criação e do renascimento, pois essas flores fecham-se à noite e abrem-se de dia.

Antes da Pesagem das Almas (Julgamento) ocorria a mumificação, que para os antigos egípcios era um ritual sagrado, para eles o corpo era constituído de diversas partes: o ba, ou alma, o ka, ou força vital, e o akh, ou força divina inspiradora da vida. Para alcançar a vida depois da morte, o ka necessitava de um suporte material, que habitualmente era o corpo (khet) do morto. Este devia manter-se incorrupto, o que se conseguia com a técnica da mumificação. Os sacerdotes funerários encarregavam-se de extrair e embalsamar as vísceras do corpo. A técnica de embalsamar era muito complicada, e os sacerdotes deviam ter conhecimentos de anatomia para extrair os órgãos sem danificá-los.

Primeiro extraíam o cérebro introduzindo um gancho no nariz, depois de terem partido o osso etmóide. A seguir; marcavam, com um pincel, uma linha no lado esquerdo do corpo, onde faziam um corte para extraír as vísceras. O coração, que devia controlar o corpo no Além, e os rins, aos quais o acesso era difícil ou por motivos ainda não revelados (descobertos), permaneciam dentro do morto. As vísceras eram lavadas com substâncias aromáticas e colocadas em Vasos Canopos (vasos ou urnas de pedra), representando divindades chamadas Filhos de Hórus, que protegiam as vísceras da destruíção. Eram quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de falcão e de macaco. A partir da XXI dinastia, estes órgãos eram enfaixados e colocados dentro do corpo do morto.

Hieróglifos

No Egito Antigo a escrita mais usada era conhecida como escrita hieroglífica, pois era baseada em hieróglifos. Estes eram desenhos e símbolos que representavam idéias, conceitos e objetos. Os hieróglifos eram juntados, formando textos. Esta escrita era dominada, principalmente, pelos escribas.

Os egípcios escreviam, usando os hieróglifos, no papiro (espécie de papel feito de uma planta de mesmo nome) e também nas paredes de pirâmides, palácios e templos.

Estes hieróglifos são a principal fonte histórica para entendermos a história desta importante civilização antiga. Poucos egiptólogos (estudiosos do Egito Antigo) conseguem decifrar a escrita hieroglífica.

Maldição radioativa nos túmulos egípcios

Muitos acreditam que os faraós protegiam seus jazigos com maldições contra possíveis violadores de tumbas. A mais famosa mandinga do tempo das pirâmides é a que se atribui ao rei Tutancâmon, pelo fato de os arqueólogos que abriram seu sarcófago, em 1922, terem morrido de males não identificados. Lendas à parte, é certo que as necrópoles antigas do país estão amaldiçoadas, já que muitas delas foram erguidas com pedras contendo urânio radioativo. Um resíduo desse mineral, o gás radônio, também tóxico, vem sendo encontrado pela Agência de Energia Atômica egípcia em vários monumentos. "Especula-se que os egípcios conhecessem a radioatividade", diz o egiptólogo Antônio Brancaglion, da Universidade de São Paulo. "Mas é pouco provável que a tenham usado contra violadores de túmulos."

A formação do Egito

Muito antes de se transformar em um imponente império, a civilização egípcia passou anos estabelecendo o processo de povoamento das regiões próximas ao Vale do rio Nilo. Segundo algumas pesquisas, os primeiros povos a ocuparem a região foram os hamíticos, semitas e núbios. Todos esses pequenos agrupamentos apareceram durante os últimos séculos do período Neolítico, momento em que a estabilidade climática permitiu a instalação dos primeiros povoados.

O crescimento populacional e a expansão das atividades de caça, pesca e agricultura permitiu o surgimento de aldeias conhecidas como nomos. Cada nomo era dotado de uma concepção político-administrativa singular e tinha suas principais decisões tomadas por um chefe conhecido como nomarca. Com passar dos anos, o grau de interação entre essas comunidades se acentuou, principalmente diante a necessidade de se construir diques e canais de irrigação que melhorasse a atividade agrícola.

Das simples aldeias, começaram a aparecer as primeiras cidades do Vale do rio Nilo. Com isso, a organização política dos egípcios se tornou mais complexa e, por isso, deu origem a dois Estados distintos: o Alto Egito, localizado na região sul, e o Baixo Egito, na posição norte, que abrangia o delta do Rio Nilo. Segundo o levantamento feito por algumas pesquisas, essa divisão política imposta por estes dois reinos vigorou entre os anos de 3500 e 3200 a.C..

Por volta de 3200 a.C., Menés (também conhecido pelos nomes “Meni”, “Narmer” e “Men”), governante do Alto Egito, realizou o processo de unificação dos dois reinos formados ao longo do Rio Nilo. Por meio desta ação se transformou no primeiro Faraó da história egípcia. Com esse novo título, alcançou a condição de governante supremo de todo o Egito e tinha poderes para intervir em questões administrativas, jurídicas, militares e religiosas.

Segundo a crença egípcia, o faraó era uma divindade encarnada, descendente do deus-sol Amon-Rá e, ao mesmo tempo, encarnação de Hórus, o deus-falcão. Assumindo natureza teocrática, o governo de Menés transformou os chefes dos quarenta e dois nomos em funcionários públicos subordinados ao Estado. Além disso, as terras passaram a ser controladas por ele e a população foi obrigada a pagar imposto na forma de serviços e trabalhos compulsórios.

Com isso, a história política do Egito Antigo viveu um novo momento estabelecido a partir da formação deste império. Historicamente, o Império Egípcio é dividido em três períodos: Antigo Império (3200-2000 a.C.), período que vai da unificação político territorial, até a desmobilização do poder monárquico; o Médio Império (2000-1580 a.C.), compreendido entre a recomposição do poder centralizado e a invasão dos hicsos; e o Novo Império (1580 – 525 a.C.), iniciado pela expulsão dos hicsos indo até a invasão dos persas.

Surgimento do faraó

Desde 5000 a.C, o Egito era habitado por povos que viviam em clãs, chamados nomos. Estes nomos eram independentes uns dos outros, mas cooperavam entre si quando tinham problemas em comum. Essas relações evoluíram e levaram a formação de dois reinos independentes:

Reino do Baixo Egito --> união dos nomos do Norte
Reino do Alto Egito --> união dos nomos do Sul

Por volta de 3220 a.C., esses dois reinos foram unificados por Menés, que se tornou o primeiro faraó, o governante absoluto do Egito, considerado um verdadeiro Deus na Terra. O faraó usava uma coroa dupla para demonstrar que era o rei do Alto e Baixo Egito. Menés fundou, assim, a primeira dinastia de faraós, finalizando o período Pré-dinastico.

A construção da civilização egípcia

O barro formado depois das inundações também servia para fazer tijolos. Com isso, os egípcios conseguiram construir casas mais resistentes aos ventos do deserto do que as de madeira.
Para aproveitar os benefícios trazidos pelo Nilo, era necessário fazer obras (diques) que permitisem maior controle sobre as cheias do rio, além de construir canais de irrigação para levar água a lugares distantes. Foi aí que os nomarcas desempenharam papel decisivo, organizando a população na realização desse trabalho.
Alguns historiadores afirmam que foi a necessidade de controlar as cheias do Nilo que levou os nomos a se reunirem em reinos e, mais tarde, num Estado unificado.

O rio Nilo e a sobrevivência no Egito Antigo

O lugar onde os egípcios se estabeleceram não é um deserto comum. No meio da paisagem árida e quente, corre o rio Nilo, com mais de 6500 km de extensão.
O rio Nilo nasce no centro do território africano.
Pouco antes de desaguar no mar Mediterrâneo, o rio Nilo divide-se numa série de grandes canais, formando um delta.
Os grupos que se fixaram às margens do rio Nilo logo perceberam que, quase todos os anos, no período que corresponde aos meses do julho a outubro em nosso calendário o rio transbordava, inundando suas margens, e de novembro a março, voltava ao seu volume natural.

Faraó: Deus e Rei supremo

O faraó tinha tomar todas as decisões relativas ao reino: comandava os trabalhadores, criava leis, coordenava a defesa contra possíveis invasores, controlava as colheitas e a armazenagem dos grãos, mandava distribuir alimentos quando necessário, encomendava obras públicas e cuidava das finanças, adimistrando os impostos cobrados.

Será que o faraó fazia tudo sozinho?

Não, cada auxiliar do faraó tinha uma função. O mais importante deles era o vizir, seu homem de confiança. Ele supervisionava as grandes obras do Egito e auxiliava o faraó na administração do Império, dando-lhe conselhos e executando suas ordens.

www.historiadomundo.com.br
www.mundoeducacao.com.br
www.super.abril.com.br
www.misteriosantigos.com
www.suapesquisa.com

Um comentário:

  1. Fiz esse trabalho escutando as músicas Tephone, Poker Face e Just Dance!
    Very terrific! I love English!

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