terça-feira, 27 de julho de 2010

África: diversidade e grandes realizações

Sociedades

Os mortos do sexo feminino recebem o nome de Ìyámi Agbá (minha mãe anciã), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Ìyámi Oxorongá chamada também de Ìyá NIa, a grande mãe.

Esta imensa massa energética que representa o poder da ancestralidade coletiva feminina é cultuada pelas "Sociedades Gëlèdé", compostas exclusivamente por mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder.

O medo da ira de Ìyámi nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino .

Além da Sociedade Gëlèdé, existe também na Nigéria a Sociedade Oro. Este é o nome dado ao culto coletivo dos mortos masculinos quando não individualizados. Oro é uma divindade tal qual Ìyámi Oxorongá, sendo considerado o representante geral dos antepassados masculinos e cultuado somente por homens. Tanto Ìyámi quanto Oro são manifestações de culto aos mortos. São invisíveis e representam a coletividade, mas o poder de Ìyámi é maior e, portanto, mais controlado, inclusive, pela Sociedade Oro.

Outra forma, e mais importante, é culto aos ancestrais masculinos é elaborada pelas "Sociedades Egungun". Estas têm como finalidade elaborar ritos a homens que foram figuras destacadas em suas sociedades ou comunidades quando vivos, para que eles continuem presentes entre seus descendentes de forma privilegiada, mantendo na morte a sua individualidade.

Esses mortos surgem de forma visível mas camuflada, a verdadeira resposta religiosa da vida pós-morte , denominada Egun ou Egungun. Somente os mortos do sexo masculino fazem aparições, pois só os homens possuem ou mantêm a individualidade ; às mulheres é negado este privilégio, assim como o de participar diretamente do culto.

Esses Eguns são cultuados de forma adequada e específica por sua sociedade, em locais e templos com sacerdotes diferentes dos do culto dos Orixás. Embora todos os sistemas de sociedade que conhecemos sejam diferentes, o conjunto forma uma só religião: a dos Yorubás.

Paisagens

Os parques naturais e as zonas protegidas compõem o principal atractivo de Moçambique não se esquecendo das praias. Mais de 12% da sua superfície corresponde a parques nacionais e reservas naturais. Este património é um dos lugares mais interessantes para visitar, tanto nas zonas do interior como na costa, tanto a fauna como a flora e abundante vegetação.

A biodiversidade de Moçambique tem lugares importantes e interessantes desde o ponto de vista ecológico até aos mais destacados como por exemplo o Parque Nacional das Quirimbas, o Parque Nacional de Zinave ou as reservas naturais de Niassa, Gilé e Maputo.

São muitas as paisagens naturais que pode visitar em Moçambique, faça o seu proveito desfrutando cada uma das atracções, não se esquecendo da zona onde está e para onde vai porque existem lugares perigosos se não sabe o que procura.

Introdução

Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.

O povo Bérbere

Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.

Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.

Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.

Os bantos

Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.

Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente.

Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.

O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.

Os soninkés e o Império de Gana

Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.

Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.

Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.

PEQUENOS GÊNIOS E GIGANTES


A variedade de lendas da África negra é devida à diversidade de tribos que a habitam. Em muitas populações tinha-se em grande estima tudo o ancestral dos seus antepassados e, ainda que o seu território fosse invadido por outros povos de costumes e ideias diferentes, nunca deixaram que os seus ritos e mitos se perdessem. É o caso de algumas tribos de pescadores e camponeses que moravam nas proximidades do Níger, que viram invadida a sua própria idiossincrasia por outros povos, especialmente muçulmanos. No entanto, as crenças e a força dos seus mitos quase não perderam personalidade. Continuaram adorando os espíritos e GÊNIOS que moravam na natureza e que se tornava necessário aplacar, e manter contentes, para que as colheitas não se esgotassem e para que a pesca fosse abundante.
O ar, a terra e o rio, estavam cheios de espíritos -o que implica o conceito animista que tinham os negros africanos da natureza-, aos quais se acudia, e se invocava, quando se necessitava de uma ajuda superior. Havia também certas lendas onde aparecia o polífago gigante Maka que, para satisfazer o seu voraz apetite, necessitava de devorar animais tão enormes como os hipopótamos; e quando se dispunha a saciar a sua sede, alguns dos lagos próximos se viam seriamente afetados.


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