terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ciências:doenças urbanas


Introdução

A vida agitada nos grandes centros urbanos, a falta de exercícios físicos, o estresse, a poluição, a alimentação rápida e rica em gordura e açúcar e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabaco estão causando diversas doenças nos brasileiros. Advindos destes problemas, são mais comuns, nos grandes centros urbanos, doenças como o câncer, o diabetes e doenças do coração.

Enquanto isso, na zona rural e nas periferias das grandes cidades, aumentam os casos de doenças infecciosas e parasitárias, em função das péssimas condições de higiene. A falta de água tratada e o deficiente sistema de esgoto nas regiões norte e nordeste do Brasil tem sido a causa de várias doenças, como, por exemplo: cólera, malária, diarréia e hanseníase.

Veja abaixo as principais doenças no Brasil :

Doenças do aparelho circulatório

Este tipo de doença faz parte do grupo que mais mata em nosso país. Podemos citar como exemplos: derrame, hipertensão e infarto. São doenças que se desenvolvem no corpo humano em função de componentes genéticos associados ao estilo de vida e hábitos de alimentação. O fumo, a bebida alcoólica, o estilo de vida sedentário e estressante estão como causas principais destes tipos de doenças. A alimentação com excesso de gorduras animais, carboidratos e sal também prejudicam o sistema circulatório e o coração, podendo provocar tais doenças.

Câncer

De acordo com os últimos dados, verificou-se que o câncer é a segunda doença que mais mata no Brasil. O câncer é causado por uma multiplicação excessiva de células em determinadas regiões do corpo. Se não tratados a tempo, podem se espalhar pelo corpo (metástase) e acometer vários órgãos, provocando a morte do paciente. Os tipos de câncer mais comuns são : câncer de pele, câncer de mama, câncer de pulmão, câncer de próstata entre outros. Há um fator genético no desenvolvimento do câncer, porém a alimentação e os hábitos de vida também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer. Fumantes, por exemplo, possuem uma maior probabilidade de desenvolverem o câncer de pulmão. O diagnóstico rápido e tratamentos com quimioterapia ainda são os recursos disponíveis mais usados no combate ao câncer.

Doenças respiratórias

As doenças respiratórias mais comuns são: bronquite, asma e pneumonia. Atingem principalmente os habitantes dos grandes centros urbanos, que respiram um ar de péssima qualidade. O monóxido de carbono e o dióxido de carbono (gás carbônico) são gases resultantes da queima de combustíveis fósseis e são altamente prejudiciais ao sistema respiratório do ser humano. A inalação de gases poluentes pode provocar o aparecimento destes tipos de doenças.

Diabete

É uma doença causada por fatores genéticos e também por hábitos alimentares não adequados. A obesidade, por exemplo, pode desencadear a diabete. As pessoas que tem diabete precisa de cuidados rigorosos, pois correm o risco de terem problemas como : amputação de órgãos causados por necrose, cegueira, lesões renais etc. O acompanhamento das taxas de açúcar no sangue é fundamental para o paciente que tem diabete. O tratamento pode ser feito com dietas em casos mais simples ou com injeções de insulina, para casos mais graves.

Diabete e hipertensão

No Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), o Ministério da Saúde faz um alerta: a doença é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma epidemia mundial e, junto com a hipertensão, é a doença que mais mata no Brasil. É também a principal causa de internações por complicações como doença cardiovascular, diálise por insuficiência renal crônica e amputações de membros inferiores. Mas o diabetes pode ser evitado, com hábitos de vida saudáveis e alimentação adequada.

Acidente vascular cerebral

O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo.

O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).

Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias:

O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.


No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.


Ataque cardíaco



Ataque cardíaco acontece quando o coração não recebe quantidade suficiente de oxigênio fazendo com que uma parte dele morra fazendo com que não funcione da maneira correta. A maior causa desse fato é a grande quantidade de gordura na parede das artérias formando placas que obstruem o vaso sanguíneo e impede o fluxo do sangue.

A maioria dos casos de ataque cardíaco se dá em pessoas com pressão alta, colesterol e tri glicerídeos elevados, diabetes, estresse, tabagismo e vida sedentária. Ocorre em pessoas com idade igual ou superior a 25 anos se manifestando de modo repentino e inesperado.

Os sintomas são dores no peito, no ombro, braço, barriga ou mandíbula, falta de ar, suores, náuseas, fraqueza, tonteira e palidez. Ao aparecer os sintomas, o médico deve ser imediatamente procurado, sendo uma doença de fácil diagnóstico, o indivíduo será submetido a um eletrocardiograma para confirmação do diagnóstico médico.

O primeiro passo para o tratamento é desentupir e dilatar a artéria obstruída e diminuir a dor do paciente. Para prevenir é necessário se adaptar em algumas mudanças na rotina diária como fazer exercícios, reduzir a taxa de colesterol, controlar a diabete e a pressão, abandonar o tabaco, mudar hábitos alimentares e usar corretamente a medicação se indicada pelo médico.


Gastrite

A gastrite pode ser causada por diversos fatores diferentes.

• Helicobacter pylori: essa bactéria tem a capacidade de viver dentro da camada de muco protetor do estômago. A prevalência da infecção por esse microorganismo é extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o resto da vida a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, ao câncer de estômago.

• Aspirina: o uso de aspirina e de outros antiinflamatórios não-esteróides podem causar gastrite porque levam à redução da proteção gástrica. Importante ressaltar que esses medicamentos só levam a esses problemas quando usados regularmente por um longo período. O uso de corticóide por longo período também pode levar a gastrite.

• Álcool: pode levar à inflamação e dano gástrico quando consumido em grandes quantidades e por longos períodos.

• Gastrite auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para combater fatores agressores externos. Em algumas situações, entretanto, pode haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a vários tipos de doenças (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1). Na gastrite auto-imune, os anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a longo prazo.

• Outras infecções: a gastrite infecciosa pode ser causada por outras bactérias que não o H. pylori, como por exemplo a bactéria da tuberculose e a da sífilis; pode também ser causada por vírus, fungos e outros parasitas.

• Formas incomuns: são causas mais raras. Temos as gastrites linfocítica e eosinofílica; a gastrite granulomatosa isolada; e a gastrite associada a outras doenças como a sarcoidose e a doença de Crohn.

• A gastrite aguda também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de tratamento intensivo, em pacientes politraumatizados e em grandes queimados.


Obesidade



Os problemas com o aumento do peso há muito deixaram de ser dramas pessoais para poucos, para se tornarem o maior problema de saúde pública mundial. Cada vez mais gordas, as populações urbanas e rurais têm na obesidade o maior vilão da vida moderna. Além do sedentarismo, incentivado pela tecnologia que nos deixa sempre mais "preguiçosos", a péssima alimentação baseada em produtos industrializados como o fast-food tem aumentado casos de doenças crônicas decorrentes do excesso de peso.




Evolução tecnológica e sedentarismo a favor da obesidade
A tecnologia também parece jogar contra. À medida em que evoluímos e compramos um carro, que utilizamos vários tipos de controle remoto, que utilizamos elevadores, escadas rolantes e botões que abrem e fecham os mais variados dispositivos que necessitamos, passamos a queimar muito menos calorias. Assim, o sedentarismo parece ser um fator muito importante no avanço da obesidade. “Apesar de existirem vários fatores aliados ao sedentarismo, determinando o aumento progressivo do peso das pessoas do mundo todo, são os novos hábitos alimentares os grandes vilões. Não há dúvida de que engordamos porque comemos muito mais calorias do que gastamos, muitas vezes, em pequenos volumes de alimentos densamente calóricos, outras vezes, gran
des porções de alimentos lights ou diets, que consumidos em grandes volumes, têm o mesmo efeito dos anteriores”, defende a endocrinologista Ellen Simone Paiva.
Ao avaliar as mudanças alimentares que podem estar relacionadas com o aumento de peso no mundo, o Dr Popkin descreveu, com grande propriedade, algumas delas:


Aumento no consumo de açúcar nos últimos 30-40 anos;


Aumento no consumo dos óleos vegetais;


Aumento do consumo de laticínios;


Aumento no consumo de alimentos processados e carboidratos refinados;


Redução do consumo de frutas e vegetais;


Aumento do consumo de lanches;


Consolidação dos supermercados como locais de compra de alimentos, onde as famílias consomem preferencialmente alimentos industrializados.




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www.abcdasaude.com.br
www.corumba.ms.gov.br
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