terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Humanidade e a Natureza

O que tiramos da natureza





É da natureza que o homem retira as matérias-primas, como o ferro e a madeira utilizados na produção de inúmeras mercadorias. Isso provoca algumas alterações no espaço natural.
O tempo de recuperação da natureza depende do recurso que dela foi retirado. Certas espécies de árvores, por exemplo, em apenas dez anos já estão adultas; o petróleo demorou milhões de anos para se formar e por isso sua reposição é praticamente impossivel.
Durante bastante tempo, as pessoas pensaram que a natureza era inesgotável e que poderia ser explorada indefinidamente. Foi assim nas planícies norte-americanas, onde a caça desenfreada extinguiu o bisão, um animal semelhante ao búfalo. O mesmo aconteceu na Mata Atlântica brasileira, onde a exploração excessiva acabou com as madeiras de lei e o pau-brasil.
Esse problema agravou com o aumento do número de habitantesdo mundo e com a elevação do consumo de mercadorias. A recuperação da natureza não é suficientemente rápida para atender a todas as necessidades humanas.
Como esse processo não para, torna-se impossível encontrar soluçõesfáceis que desacelerem a deterioração dos recursos naturais em todo o mundo. Além disso, diferentes estudos mostram que, nas próximas décadas, os problemas alimentares da população vão crescer, e a escassez de água potável se tornará comum, devido ao aumento populacional.
É perfeitamente possível essa parceria homem-natureza, pois sabemos desde sempre que é da natureza que vem todos os recursos para a nossa vida. Mas o homem na grande maioria das vezes não respeita o ambiente em que vive e tira da natureza mais o que precisa, mais do que pode consumir.



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Formadores da população brasileira: os negros


As condições de vida dos negros no Brasil

Após 110 anos da libertação, os negros brasileiros continuam lutando pela liberdade e cidadania. Depois da África, o Brasil é o país que concentra a maior população negra do mundo e também onde os negros permanecem ocupando a mais baixa localização na pirâmide social

O termo exclusão é o que mais fielmente traduz a condição em que se encontra o povo negro no Brasil e no mundo. Nos últimos anos, experimentou-se, em escala mundial, uma brutal concentração de renda e de poder. As elites põem em prática projetos conservadores, que recolocam o racismo na ordem do dia - quer seja através da rearticulação e do avanço da direita nos países europeus, quer através do desmonte de políticas sociais antes destinadas aos segmentos marginalizados da população.
Na África morreram, no ano passado, cerca de meio milhão de pessoas por doenças pulmonares, além das mortes provocadas pela fome, guerra e epidemias. No Brasil, é a parcela negra da população a mais duramente atingida pelo desmonte das políticas sociais e de saúde, pelos sistemas de controle populacional, pelo desemprego crônico, pela fome e a violência do latifúndio, do aparato policial e dos grupos de extermínio. É negra a maioria de crianças que vivem nas ruas e de jovens assassinados nos centros urbanos.

Dados assustadores

Dados referentes nos Indicadores Sociais Mínimos do IBGE de 1996 mostraram que a taxa de mortalidade entre crianças negras e pardas no Brasil é dois terços superior à da população branca da mesma idade. Em outras palavras, até os 5 anos, elas têm 67% mais chances de morrer do que uma criança branca. O índice de mortalidade de crianças brasileiras pardas e negras de até 5 anos de idade é de 76 para cada mil nascida vivas. Entre as brancas, a taxa cai para 46 mortes em cada mil.
Também entre os adultos, os homens e mulheres negros estão em condições de maior desigualdade em nosso país. Dados do último censo realizado pelo IBGE em 1990, revelam que entre os brasileiros que contavam com carteira assinada, 58% eram brancos e 41% negros (34% considerados pardos mais 7% considerados negros). De cada 100 empregados, 51% sobreviviam com salário mínimo. Do total de trabalhadores que ganhavam um salário mínimo, 79% eram negros. A inserção no mercado de trabalho é precoce: as crianças brancas de 10 a 14 anos somam 14,9% e as negras 20,5%.
Na área educacional, em 1997, segundo o IBGE, 18% da população brasileira é analfabeta, sendo que entre os negros este percentual sobe para 35,5%, enquanto na população branca é de 15%. No outro extremo, 4,2% dos brancos e apenas 1,4% dos negros haviam alcançado o ensino superior. Em todos os níveis educacionais, a participação do segmento branco é nitidamente superior à do segmento negro. Essa desigualdade reflete-se no acesso ao emprego, aos serviços, aos direitos mínimos de cidadania e na participação no poder, além do aspecto ideológico, marcado pelos preconceitos e estereótipos.
Para exemplificar melhor esse fato, segundo os dados do IBGE de 1997, a média salarial da população branca no país foi de 600 reais por mês, já a média da população negra foi de 300 reais.
O conhecimento sobre as desigualdades raciais, que nos leva à constatação de que um trabalhador negro com formação universitária recebe o equivalente à metade do salário de um trabalhador branco com igual qualificação, comprova a teoria de que a discussão sobre a problemática racial não pode estar dissociada da luta pela igualdade de classes, principalmente porque muitos dos trabalhadores são negros.

Negros e violência

O professor Sérgio Adorno, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, há vinte anos vem pesquisando processos na justiça de São Paulo. Entre 1984 a 1988, num fórum de um bairro popular de São Paulo, a Penha, constatou que os negros que representavam 24% da população, participavam com 48% das condenações. Os nordestinos, que são em torno de 18% da população, respondiam por 27% das condenações. Cerca de 5% da população são aqueles cidadãos sem profissão, os chamados biscateiros, que a "justiça" chama de pessoas com "ocupação mal definida". De cada 100 condenados, 35 estavam nessa situação. Outro dado está na população carcerária do Brasil. O último levantamento do Ministério da Justiça indica que cerca de 65% da massa carcerária é de negros e 95% são pobres.
O professor Adorno analisou 500 processos criminais da Cidade de São Paulo, em 1990, e constatou que a maior parte dos réus, 38%, foi condenada por roubo qualificado, em que se usam meios violentos. Os negros são presos em fragrante com mais freqüência que os brancos, na proporção de 58% contra 46%. Isso sugere que recebem uma maior vigilância por parte da polícia. Constatou ainda que 27% dos brancos respondem ao processo em liberdade, enquanto só 15% dos negros conseguem esse benefício. Apenas 25% dos negros levam testemunha de defesa ao tribunal, que é uma prova muito importante, enquanto 42% dos brancos apresentam esse tipo de prova.
É fácil concluir dessa pesquisa do professor da USP que a questão racial tem mais peso do que a financeira. Os negros podem usar exatamente os mesmos direitos de um branco e ainda assim o resultado não será igual. 27% dos negros que contratam, segundo a pesquisa, são absolvidos; no caso dos brancos, a taxa de absolvição chega a 60%.
As condições em que os negros exercem sua cidadania precisam ser reconhecidas por todos como anômalas. Cálculos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 1989, indicam que 44,2% da população brasileira, ou mais de 65 milhões de pessoas, são "pretos" ou "pardos" . No entanto, nas esferas de influência e de poder, a presença negra é restrita, para não dizer nula.
Apesar de o Brasil ter 65 milhões de negros há muitas injustiças contra eles como estamos vendo. Os negros são a maioria dos analfabetos, dos menores salários, nas prisões, nas favelas e nos subempregos e são minoria nas faculdades, entre os empresários, os heróis reconhecidos, os governantes, os bispos, generais, almirantes, brigadeiros e na mídia. Para corroborar essa afirmação, podemos citar Salvador, onde cerca de 60% da população é negra, mas quase não há negros na administração municipal.

A origem dos negros brasileiros

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.

O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Influência negra na cultura

O samba


Gênero musical binário, que representa a própria identidade musical brasileira. De nítida influência africana, o samba nasceu nas casas de baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, em 1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20, quando desponta a geração do Estácio, fundadora da primeira escola de samba. Grande tronco da MPB, o samba gerou derivados, como o samba-canção, o samba-de-breque, o samba-enredo e, inclusive, a bossa nova.

Capoeira

A capoeira é uma dança de luta, ritualizada e estilizada, que tem sua própria música e é praticada principalmente na cidade de Salvador, estado da Bahia. É uma das expressões características da dança e das artes marciais brasileiras. Evoluiu a partir de um estilo de luta originário de Angola. Nos primeiros anos da escravidão havia lutas permanentes entre os negros e quando o senhor de escravos as descobria, castigava ambos os bandos envolvidos. Os escravos consideravam essa atitude injusta e criavam "cortinas de fumaça" por meio da música e das canções, para esconder as verdadeiras brigas. Ao longo dos anos, essa prática foi sendo refinada até se converter em um esporte sumamente atlético, no qual dois participantes desfecham golpes entre si, usando apenas as pernas, pés calcanhares e cabeças, sem utilizar as mãos. Os lutadores deslizam com grande rapidez pelo solo fazendo estrelas e dando espécies de cambalhotas. O conjunto musical que acompanha a capoeira inclui o berimbau, um tipo de instrumento de madeira em forma de arco, com uma corda metálica que vai de uma extremidade à outra. Na extremidade inferior do berimbau há uma cabaça pintada, que funciona como caixa de som. O músico sacode o arco e, enquanto ressoam as sementes da cabaça, toca a corda tensa com uma moeda de cobre para produzir um tipo de som único, parecido com um gemido.

Candomblé

Festa religiosa dos negros jeje-nagôs na Bahia, mantida pelos seus descendentes e mestiços, é um culto africano introduzido no Brasil pelos escravos. Algumas de suas divindades são: Xangô, Oxum, Oxumaré e Iemanjá, representando esta, por si só, um verdadeiro culto.

As cerimônias religiosas do Candomblé, são realizadas de um modo geral em terreiros, que são locais especialmente destinados para esse fim, e recebem os seguintes nomes: Macumba no Rio de Janeiro, Xangô em Alagoas e Pernambuco. As cerimônias são dirigidas pela mãe-de-santo, ou pai-de-santo. Cada orixá tem uma aparência especial e determinadas preferências. O toque de atabaque, uma expécie de tambor e a dança, individualizam um determinado orixá. Os orixás são divindades, santos do candomblé, cada pessoa é protegida por um dos orixás e pode ser possuída por ele, quando, então ela se transforma em cavalos de santo.

Pratos

No Nordeste a marca africana é profunda, sobretudo na Bahia, em pratos como vatapá, caruru, efó, acarajé e bobó, com largo uso de azeite-de-dendê, leite de coco e pimenta. São ainda dessa região a carne-de-sol, o feijão-de-corda, o arroz-de-cuxá, as frigideiras de peixe e a carne-seca com abóbora, sempre acompanhados de muita farinha de mandioca. A feijoada carioca, de origem negra, é o mais tipicamente brasileiro dos pratos.

A miscigenação

A miscigenação com os negros, comum na época, de origem aos mulatos.
Os europeus, embora dominassem a economia, eram minoria no país.
Segundo o IBGE, cercade metade dos brasileiros é descendentes de negros e mestiços. Mas há, na verdade, muito mais negros e mestiços do que essa estatística aponta. Com ajuda dos estudos genéticos modernos, provou-se que a miscigenação entre os povos que formaram a população brasileira foi mais intensa do que se imaginava, mesmo que isso não apareça, por exemplo, nos traços do rosto, no tipo de cabelo ou na cor da pele.

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

O nascimento da Astronomia



Astronomia - Definição

Ciência que estuda os corpos celestes, sua estrutura física, origens, posições e movimentos, uma das ciências mais antigas da humanidade surge simultaneamente na China, Índia, Mesopotâmia e Egito entre 5000 a.C e 3000 a.C. Esses povos já observavam e registravam os movimentos dos corpos celestes a fim de estabelecer um calendário ordenado para regular suas atividades cotidianas.

Origens - Os povos da Mesopotâmia são os primeiros a definir os conceitos de dia, mês e ano. Organizam os primeiros calendários, diferenciam os planetas das estrelas e desenvolvem métodos matemáticos para calcular os movimentos dos planetas e da Lua.

A partir do século IV a.C., com o surgimento da civilização grega, a astronomia ganha caráter mais científico, principalmente com o desenvolvimento da matemática e da física. Os gregos são os primeiros a afirmar que a Terra é esférica e realiza o movimento de rotação em torno do Sol, admitindo o heliocentrismo 15 séculos antes de Nicolau Copérnico. Entretanto, o conhecimento astronômico da Antiguidade é sintetizado na obra Almagesto, do grego Claudio Ptolomeu (90?-168?), que defende o geocentrismo (a Terra é o centro do Universo). Escritas no século II a.C., as idéias do livro são aceitas por mais de um milênio.

Nascimento da Astronomia

A agricultura é uma das mais antigas das mais diversas maneiras que o ser humano intervém no planeta Terra. Desde o início dessa prática, o homem aprendeu que o sucesso das colheitas depende do entendimento de alguns ciclos do planeta, como as estações do ano. Esses ciclos são marcados por alteração do clima e ocorrem porque nosso planeta, que faz parte do Sistema Solar, orbita o Sol.
Povos da Antiquidade que habitavam regiões mais frias, sabiam que deviam plantar na primavera, pois, se demorassem, a chegada do inverno poderia matar as plantas antes da colheita. Já viviam em regiões mais quentes aproveitavam para plantar na estação das chuvas, que ocorrem quase sempre no verão.
A observação dos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas permitiu esses povos calcular a melhor época para plantar e colher. Os egípcios, por exemplo, sabiam que o aparecimento no céu
da estrela Sírius, imediatamente após o nascer do Sol, anunciava o início das cheias do rio Nilo. Nascia assim o ramo da ciência chamado Astronomia.

Introdução

O ser humano sempre buscou compreender o funcionamento do Universo. Desde a Antiguidade, os povos observavam as estrelas, cometas e planetas para tentar desvendar os mistérios do espaço. Em diversas civilizações, por exemplo, muitas estrelas e planetas foram transformados em deuses. Muitas lendas contam a origem destes astros e delegam poderes especiais a eles. Mas foi somente durante o Renascimento Científico ( séculos XV e XVI ) que o homem passou a ter uma visão mais detalhada e significativa do Universo.


Abaixo um breve histórico da evolução dos conhecimentos sobre astronomia.

750 a.C. - Os egípcios começam a utilizar o movimento do sol para contar o tempo. Surgem os primeiros relógios de Sol.
600 a.C. - O pesquisador grego Tales de Mileto calcula e consegue prever a chegada de um eclipse.
350 a.C. - O matemático grego Eudoxo de Cnidos elabora o primeiro mapa astronômico.
240 a.C. - O grego Eratóstenes faz o primeiro cálculo da circunferência do planeta Terra e chega a conclusão que está distância é de 39.690 km.
140 - Claudius Ptolomeu, pesquisador grego, elabora o primeiro modelo do universo: a Terra ficaria no centro e os planetas e estrelas girariam em torno dela.
1054 - Na China, observadores de estrelas relatam, pela primeira vez, a morte de uma estrela na constelação de Touro.
1304 - O pintor renascentista italiano Giotto faz uma pintura retratando um cometa.
1472 - O astrônomo alemão Johann Müller elabora, com detalhes, estudos sobre a órbita de um cometa.
1543 - Nicolau Copérnico, astrônomo polonês, desenvolve estudos provando a teoria do heliocentrismo. De acordo com ela, todos os planetas do sistema solar giram ao redor do Sol. Esta tese é apresentada no livro Sobre a Revolução dos Corpos Celestes. Embora não aceita pela Igreja Católica, a teoria passar ser um referencial nas pesquisas astronômicas, pois derruba a visão de Ptolomeu sobre o Universo.
1610 - O italiano Galileu Galilei desenvolve um instrumento parecido com um telescópio para observar os astros.
1845 - O irlandês William Parsons elabora o maior telescópio de sua época e descobre as primeiras galáxias espirais.
1851 - O físico francês Jean-Bernard-Leon Foucault comprova o movimento de rotação do planeta Terra.
1862 - O físico sueco Anders Jonas Angströn descobre que o Sol contém hidrogênio em sua composição.
1929 - O astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble descobre que as galáxias afastam-se uma das outras. É a semente para a Teoria do Big Bang, a explosão inicial que deu origem ao Universo.
1963 - O norte-americano Maarten Schmidt faz descobertas sobre os quasares, os astros mais distantes e mais poderosos que existem no universo.
1964 - Os astrônomos Arno Allan Penzias e Robert Woodrow Wilson detectam a luz originária da explosão do Big Bang há 13 bilhões de anos.
1967 - O astrônomo inglês Anthony Hewish consegue captar sinais de rádio do primeiro pulsar, uma espécie de estrela que emite radiação no formato de pulsos regulares.
1971 - O pequisador canadense C.T. Bolt detecta a existência dos buracos negros que concentram a maior quantidade de matéria do Universo.
1975 - O físico inglês Stephen Hawking conclui que um buraco negro pode evaporar, perdendo nesse processo uma pequena quantidade de massa.
1987 - O astrônomo canadense Ian Shelton consegue a primeira supernova próxima da Terra. As supernovas são explosões de grandes estrelas próximas a morte.
1992 - O telescópio orbital Cobe consegue fotografar, com grande precisão, o brilho do Big Bang.
1999 - Os astrônomos, após observações e imagens do telescópio Hubble, comprovam que o Universo está se expandindo há 13 bilhões de anos, ou seja, desde o momento do Big Bang.

Você sabia?

Dia 2 de dezembro comemora-se o Dia da Astronomia.


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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Grécia: uma civilização que marcou a história

Origens da civilização Grega

A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.

Grécia Antiga

Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como conseqüência do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura. Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da Península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas (492 a.C. a 448 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos.
Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios.

Como conhecer o passado dos gregos?

A escavação de ruínas de antigas cidades gregas nos permite imaginar como aquele povo vivia. Ferramentas, armas, enfeites, utensílios domésticos e outros objetos encontrados pelos arqueólogos trazem informações sobre seu cotidiano, especialmente do período em que ainda não utilizavam a escrita.

O que a mitologia conta sobre os primeiros gregos?

Como outros povos, os gregos criaram mitos - explicações divinas e sobrenaturais para a origem do homem e do Universo. Com o passar do tempo, eles encontraram outras respostas para suas questões existenciais. Contudo não abandonaram a mitologia, que continuou a descrever e a explicar muitos sentimentos e comportamentos humanos.

A origem dos Helenos

Zeus, chefe dos deuses, andava aborrecido com a maldade dos homens. Por isso, resolveu inundar a Terra com um dilúvio. Somente Deucalião (o homem mais justo) e Pirra (a mulher mais virtuosa) escaparam da morte, numa arca. Ali ficaram durante nove dias e nove noites, até chegarem ao monte Parnaso, onde desembarcaram a salvo. Para saber que atitude tomar, o casal resolveu consultar um oráculo, que os aconselhou a "atirar para trás os ossos de sua mãe". A mãe era a Terra, e os ossos eram pedras.
As pedras jogadas por Deucalião transformaram-se em homens, e as jogadas por Pirra, em mulheres. Eles também tiveram um filho, Heleno, que é considerado o pai de todos os gregos. Por isso, os gregos chamam a si mesmos de helenos, e à Grécia de Hélade (Hellas, em seu idioma).
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terça-feira, 26 de outubro de 2010

A vida nos Biomas

Ecossistema

Denomina-se ecossistema o conjunto das comunidades de uma área específica, levando em consideração os fatores ambientais que constitui um biótopo (local onde vive uma comunidade), como: tipo de solo, intensidade luminosa (temperatura), índice pluviométrico (quantidade de chuva), umidade, salinidade, acidez, turbidez, bem como todas as características próprias de uma localidade.

Os ambientes são diversos, sem limite espacial predeterminado, podendo ser um micro ou um macroecossistema, no entanto, sempre respeitando as relações entre as populações e o comportamento físico-químico do meio.

Isso significa dizer que tanto a população de artrópodes, anelídeos, moluscos e fungos, viventes sob uma folhagem caída no solo de uma floresta (a serrapilheira), submetidos às condições de temperatura e umidade de um micro-ambiente, constituem um microecossistema. Assim como todo o intercâmbio trófico entre as espécies dessa floresta: as bactérias, os fungos, os invertebrados e os vertebrados típicos desse ambiente, também formam um ecossistema, com escala espacial mais abrangente.

As comunidades da fauna marinha e lacustre, da mesma foram integram ecossistemas aquáticos, por exemplo: o conjunto de protozoários, algas, caramujos e peixes de um lago.

Biosfera

A Terra é um sistema complicado. A parte onde existe vida é chamada biosfera. Bios vem do grego "vida". A biosfera se estende um pouco acima e um pouco abaixo da superfície do planeta. O habitat é formado por áreas distintas, cada uma com seu clima, solo e comunidades de plantas e animais. Essas áreas são os ecossistemas. Cada qual consiste de um número de partes relacionada , de modo a manter o sistema inteiro funcionando. Embora distintos, os ecossistemas não são fechados. A luz do sol, a chuva, a água, os nutrientes convivem no mesmo solo, também compartilhado por sementes e animais que nele passam.

Biomas brasileiros

Definição

Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor, etc) existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

Biomas Brasileiros

- Biomas Litorâneos – com um litoral muito extenso, o Brasil possui diversos tipos de biomas nestas áreas. Na região Norte destacam-se as matas de várzea e os mangues no litoral Amazônico. No Nordeste, há a presença de restingas, falésias e mangues. No Sudeste destacam-se a vegetação de mata Atlântica e também os mangues, embora em pouca quantidade. Já no sul do país, temos os costões rochosos e manguezais.

- Caatinga – presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos e com galhos retorcidos. Há também a presença de ervas e cactos.

- Campos – presente em algumas áreas da região Norte (Amazonas, Pará e Roraima) e também no Rio Grande do Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela presença de pequenos arbustos, gramíneas e herbáceas.

- Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores.

- Floresta Amazônica – é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma rica biodiversidade. Está presente na região norte (Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia, Amapá, Maranhão e Tocantins). É o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta fechada). Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas.

- Mata dos Pinhais – também conhecida como Mata de Araucárias, em função da grande presença da Araucária angustifolia neste bioma. Presente no sul do Brasil, caracteriza-se pela presença de pinheiros, em grande quantidade (floresta fechada). O clima característico é o subtropical.

- Mata Atlântica – neste bioma há a presença de diversos ecossistemas. No passado, ocupou quase toda região litorânea brasileira. Com o desmatamento, foi perdendo terreno e hoje ocupa somente 7% da área original. Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais. A floresta é fechada com presença de árvores de porte médio e alto.

- Mata de Cocais – presente, principalmente, na região norte dos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí. Por se tratar de um bioma de transição, apresenta características da Floresta Amazônica, Cerrado e da Caatinga. Presença de palmeiras com folhas grandes e finas. As árvores mais comuns são: carnaúba, babaçu e buriti.

- Pantanal – este bioma está presente nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Algumas regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de chuvas. Presença de gramíneas, arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem inundação, há presença de árvores de floresta tropical.

A Amazônia

Desmatamento da Floresta Amazônica

A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Hoje, a área total vítima do desmatamento da floresta corresponde a mais de 350 mil Km2, a um ritmo de 20 hectares por minuto, 30 mil por dia e 8 milhões por ano. Com esse processo, diversas espécies, muitas delas nem sequer identificadas pelo homem, desapareceram da Amazônia. Sobretudo a partir de 1988, desencadeou-se uma discussão internacional a respeito do papel da Amazônia no equilíbrio da biosfera e das conseqüências da devastação que, segundo os especialistas, pode inclusive alterar o clima da Terra.

Localização, tamanho e clima

A Amazônia está situada em sua porção centro-norte; é cortada pela linha equatorial e, portanto, compreendida em área de baixas latitudes. Ocupa cerca de 2/5 do continente e mais da metade do Brasil. Inclui 9 países (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). A Amazônia brasileira compreende 3.581 Km2, o que equivale a 42,07% do país. A chamada Amazônia Legal é maior ainda, cobrindo 60% do território em um total de cinco milhões de Km2. Ela abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins.
O clima é do tipo equatorial, quente e úmido, com a temperatura variando pouco durante o ano, em torno de 26ºC.É muito comum na região, os períodos de chuva provocados em grande parte pelo vapor d'água trazido do leste pelos ventos.

A grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e é recoberta pela maior floresta equatorial do mundo, correspondendo a 1/3 das reservas florestais da Terra.
Apesar de ser o maior estado brasileiro (Amazonas), possui a menor densidade demográfica humana, com menos de 10% da população do país, 7.652.500 habitantes.

Plantas típicas da Amazônia

Camu-camu

Arbusto de pequeno porte, podendo atingir até 3 m de altura, caule com casca lisa.

Folhas avermelhadas quando jovens e verdes posteriormente, lisas e brilhantes. Flores brancas, aromáticas, aglomeradas em grupos de 3 a 4. Fruto: Arredondado, de coloração avermelhada quando jovem e roxo- escura quando maduro. Polpa aquosa envolvendo a semente de coloração esverdeada. Frutifica de novembro a marco.

Cupuaçu

As sementes de cupuaçu, por seu alto teor de gordura, prestam-se à fabricação de chocolate e já foram utilizadas para esse fim, em lugar das sementes de cacau. Por esse emprego, o cupuaçu recebeu no passado nomes como cacau-do-peru e cacau-de-caracas.

Graviola

A graviola (Annona muricata L.) é fruto da família da Annonaceae, apresenta coloração esverdeada e apresenta falsos espinhos. Sua polpa branca de agradável sabor, é muito utilizada para o preparo de sucos, sorvetes, mousses, gelatinas e pudins.

Animais típicos da Amazônia

Bicho Preguiça: É um animal extremamente dócil. A preguiça deve o seu nome ao fato de se mover com grande lentidão.

Onça-pintada: Aparência esbelta, com pernas relativamente curtas e cabeça arredondada. Sua pelagem apresenta uma tonalidade amarela com manchas pretas em forma de roseta, com exceção da região ventral, que é branca. É o maior felino do continente americano e pode chegar até 135 kg . Alimenta-se de aves e mamíferos. A reprodução ocorre durante o ano inteiro, com gestação de 93 a 105 dias , nascendo 2 filhotes no máximo. Vivem em média, 20 anos.

O galo-da-serra é um pássaro do norte e noroeste da América do Sul. Vive sob as árvores altas, perto dos rios, e deixa este território somente na época da procriação, para encontrar seu par.

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os solos aparecem


Formação do solo

O solo nada mais é do que o resultado da ação conjunta de agentes externos (como chuva, vento, umidade etc.) sobre restos minerais, porém enriquecidos com matéria orgânica.
Sem a presença de matéria orgânica não há a formação de solo, tratando-se somente de minerais não consolidados.
O solo pode ser compreendido como conseqüência da ação do tempo, dos vegetais e animais, do clima e da rocha. Estes fatores são chamados de agentes formadores do solo. O tempo determina a maturidade do processo de formação do solo, dividindo os solos em jovens e maduros, dependendo da intensidade da atuação.
Você sabe que as plantas não saem de seus lugares para procurar alimentos.
Algumas substâncias que elas precisam são retiradas do solo.
Então, dizemos que o solo é local rico em substâncias que as plantas precisam para viver.
O solo também é formado pela decomposição das rochas que vulgarmente chamamos de pedras.

Intemperismo

O termo intemperismo é aplicado às alterações físicas e químicas a que estão sujeitas as rochas na superfície da Terra.

Intemperismo Químico – Implica em transformações químicas dos minerais que compõem a rocha. O principal agente do intemperismo químico é a água. Os feldspatos e micas são transformados em argilas, ao passo que o quartzo permanece inalterado.

Intemperismo Físico ou Mecânico – Envolve processos que conduzem à desagregação da rocha, sem que haja necessariamente uma alteração química maior dos minerais constituintes. Os principais agentes do intemperismo físico são variação de temperatura, cristalização de sais, congelamento da água, atividades de seres vivos.

Intemperismo Físico:

No Arpoador, devido ao fato da rocha estar, em sua maior parte exposta, o intemperismo físico exerce um papel importante.

a) Variação da temperatura: Com o aumento da temperatura os minerais sofrem dilatação, desenvolvendo pressões internas que desagregam os minerais e desenvolvem microfraturas, por onde penetrarão a água, sais e raízes vegetais.

b) Cristalização de sais: O sal trazido pela maresia, se cristaliza nas pequenas fraturas dos minerais, desenvolvendo pressões que ampliam efeito desagregador.

c) Atividades biológicas: Orifícios de ouriços do mar; Ação de desagregação e contenção das raízes; etc.

Intemperismo Químico: A ação das soluções aquosas sobre o feldspato e sobre a mica biotita, leva à produção de argilas e à formação do solo. A principal argila formada é o caulim, que é branco quando puro, o que o acontece muito raramente. A cor vermelha do solo se deve aos óxidos de Ferro e Manganês liberados pela alteração da biotita e outros minerais que possuem estes elementos químicos em sua fórmula.

Decomposição do solo e fertilidade

Tipos de solo do Brasil

Solo corresponde à decomposição de rochas que ocorre por meio de ações ligadas à temperatura, como o calor, além de processos erosivos provenientes da ação dos ventos, chuva e seres vivos, tais como bactérias e fungos.

O Brasil se destaca como grande produtor agrícola, fato proveniente do extenso território e também da fertilidade do solo.

Em razão da dimensão territorial do Brasil é possível identificar diversos tipos de solo que são diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação.

No Brasil são encontrados quatro tipos de solo, são eles: terra roxa, massapé, salmorão e aluviais.
Terra roxa: corresponde a um tipo de solo de extrema fertilidade que detém uma tonalidade avermelhada, pode ser encontrado em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Esse é originado a partir da decomposição de rochas, nesse caso de basalto.

Massapé: é um solo encontrado principalmente no litoral nordestino constituído a partir da decomposição de rochas com características minerais de gnaisses de tonalidade escura, calcários e filitos.

Salmorão: esse tipo de solo é encontrado ao longo das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste brasileiro, é constituído pela fragmentação de rochas graníticas e gnaisses.

Aluviais: é um tipo de solo formado em decorrência da sedimentação em áreas de várzea ou vales, é possível de ser encontrado em diversos pontos do país.

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pragas agrícolas e controle biológico


Pragas agrícolas

Umas das pragas de lavoura mais conhecidas são os insetos -pragas. Alguns deles:

Os gafanhotos

A lagarta das mariposas

A lagarta da broca-da-cana-de-açúcar

A larva de besouro

O percevejo-da-soja

As lagartas de borboletas

A população desses insetos-praga é controlada pelos seus predadores naturais (pássaros, pequenos mamíferos e até outros insetos). Mas, com a destruição das florestas e campos naturais para a lavoura, esses pedadores desaparecem, e os insetos-pragas podem se instalar a plantação e se alimentarem à vontade. Com muito alimento disponível, a tendêndia é a população desses insetos-pragas aumentar, causando, algumas vezes, a destruição completa da lavoura.

Pesticidas

Os agricultores costumam pulverizar a plantação com pesticidas, que são substâncias (geralmente venenos) que combatem pragas. Na maioria das vezes, os pesticidas são bem eficazes e livram a lavoura das pragas. No entanto, alguns incovenientes:

por serem venenos, os pesticidas podem chegar à mesa dos consumidores nas cascas de frutas e folhas de verduras, por exemplo, e, aos poucos, ir contaminando quem os consomem, gerando problemas de saúde;

os agricultores que lidam diretamente com os pesticidas estão sujeitos à contaminação direta (pela respiração ou pelo contato com a pele), caso não observem as normas de segurança para aplicação do produto;

os custos da aplicação dos pesticidas são altos e encarecem o valor do produto final.

Transgênicos

Há outras alternativas ao uso dos pesticidas.Uma delas é o cultivo das chamadas plantas transgênicas.Trata-se de plantas que foram alteradas pelo ser humano para produzir, por exemplo, substâncias que funcionam como pesticidas para as pragas que as ingerem.

O uso de plantas trangênicas, como a soja, o milho ou o algodão, é ainda muito debatido no Brasil e no mundo, já existindo inclusive algumas leis a respeito em vigor.O fato é que o cultivo dessas plantas é polêmico.

Controle biológico(vantagens)

O controle biológico é uma estratégia importante para agricultores e consumidores.
1 - Bom para os consumidores, que podem consumir produtos sem substâncias tóxicas;
2- Bom para os agricultores, que gastam menos com a aplicação de venenos;
3- Bom para a natureza, que sofre menos com a contaminação.

Perigo do controle biológico
Mas há riscos em se fazer o controle biológico. Se não houver um estudo muito cuidadoso, a espécie introduzida para controlar uma praga pode, ela própria, tornar-se uma praga.

Manejo e controle das pragas

Muitas vezes apenas o controle biológico não consegue diminuir o crescimento das pragas agrícolas, e o tratamento químico excessivo pode gerar pragas resistentes, além de poluição do ambiente e comprometimento da saúde dos trabalhadores rurais e dos consumidores.

Hoje, há um concenso entre os pesquisadores de que, em certos casos, o uso mínimo de agrotóxicos, associado ao controle biológico, é a alternativa mais recomendável. Esse controle associado chama-se manejo integrado de pragas.

Fonte: Caderno Anglo

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Brasil Multicultural


Raças

O conceito é discutível. Boa parte dos cientistas não aceita falar em raças no caso do homem. Entretanto, há diferenças observáveis entre os humanos que são usualmente denominadas como diferenças raciais. Um dos fatores mais importantes para a formação da raça é seu isolamento geográfico. Um grupo que ficar distante do outro e não puder ter contatos, desenvolve características genéticas diferentes que permitem que ele se adapte melhor a uma determinada região. São divididas em 3 grandes grupos: negróides, caucasiano, e mongolóides. O nome caucasiano é uma referência á região de cáucaso na URSS, onde se acredita que o primeiro grupo tenha habitado. Os asiáticos formam os mongolóides. É provável que se estabeleceram em regiões de baixa temperatura. Os índios americanos são um subgrupo, daí os olhos empapuçados, cuja camada de gordura os protegem contra o frio. O homem teria entrado na América há 30 mil anos, por onde hoje é o Alasca.
Etnias

Definição

O conceito etnia deriva do grego ethnos, cujo significado é povo. A etnia representa a consciência de um grupo de pessoas que se diferencia dos outros. Esta diferenciação ocorre em função de aspectos culturais, históricos, linguísticos, raciais, artísticos e religiosos.

A etnia não é um conceito fixo, podendo mudar com o passar do tempo. O aumento populacional e o contato de um povo com outros (miscigenação cultural) pode provocar mudanças numa determinada etnia.

Geralmente usamos o termo etnia para nos referirmos à grupos indígenas ou de nativos. Porém, o termo etnia pode ser usado para designar diversos grupos étnicos existentes no mundo.

A ciência que estuda as etnias é conhecida como etnologia

O que é cultura

Definição

Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, lingüísticas e comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as seguintes atividades e manifestações: música, teatro, rituais religiosos, língua falada e escrita, mitos, hábitos alimentares, danças, arquitetura, invenções, pensamentos, formas de organização social, etc.

Uma das capacidades que diferenciam o ser humano dos animais irracionais é a capacidade de produção de cultura.

Multiculturalidade

Vive-se atualmente o contexto do mundo globalizado, a era da informação. Dentro desta realidade tem-se que o mundo é multicultural. O que, afinal, vem a ser multiculturalismo?

O multiculturalismo é o reconhecimento das diferenças, da individualidade de cada um. Daí então surge a confusão: se o discurso é pela igualdade de direitos, falar em diferenças parece uma contradição. Mas não é bem assim. A igualdade de que se fala é igualdade perante a lei, é igualdade relativa aos direitos e deveres. As diferenças às quais o multiculturalismo se refere são diferenças de valores, de costumes etc, posto que se trata de indivíduos de raças diferentes entre si.

No Brasil, o convívio multicultural não deveria representar uma dificuldade, afinal, a sociedade brasileira resulta da mistura de raças – negra, branca, índia – cada uma com seus costumes, seus valores, seu modo de vida, e da adaptação dessas culturas umas às outras, numa “quase reciprocidade cultural”. Dessa mistura é que surge um indivíduo que não é branco nem índio, que tampouco é negro, mas que é simplesmente brasileiro. Filhos desse hibridismo e tendo como característica marcante o fato de abrigar diversas culturas, nós, brasileiros, deveríamos lidar facilmente com as diferenças. Mas não é exatamente isso o que ocorre.

Sendo as culturas produto de determinados contextos sociais, se determinada cultura é posta em contato com outra, necessariamente, sob pena de ser sufocada, uma delas se adaptará à outra. Tal exigência de adaptação às necessidades sociais não é especificidade do mundo globalizado. Historicamente tem se dado este confronto necessário entre culturas diferentes. Adaptar-se é, enfim, sobreviver. A adaptação das culturas é algo próprio de cada momento, uma vez que a sociedade se transforma conforme se constrói a História. Cada sociedade busca para si aquilo de que necessita em dado momento. Assim, se determinada cultura não lhe serve, então, deverá adaptar-se ou desaparecerá.

As sociedades contemporâneas, nas quais é preciso diferenciação dos indivíduos para que se identifiquem enquanto seres humanos e enquanto membros de determinado contexto social, e, sobretudo, diante das possibilidades postas pela globalização, o conflito de culturas é inevitável e necessário. A globalização cada vez mais aproxima grupos de culturas diferentes. Assim, a diversidade cultural passa a ser alvo de intensos debates. Um grande desafio frente colocado por essa realidade é que se pretende o igual, mas ao mesmo tempo, exige-se o diferente.

Sejam quais forem as exigências do mundo globalizado, atualmente se afirma a certeza do necessário convívio em uma sociedade cuja realidade é multicultural. Para tanto, é preciso que se reconheça e se respeite as diferenças próprias de cada indivíduo. O reconhecimento da diferença é ponto de partida para que se possa conviver em harmonia, não com os iguais, já que igualdade só deve existir do ponto de vista legal, mas do ponto de vista humano, social, o que nos interessa é realmente ser diferentes.

Atualmente a escola, por se configurar como espaço legítimo onde se dá o processo de socialização, é o ambiente no qual mais se discute a questão da diversidade – cultural, racial, social. No momento atual, para que este processo aconteça é necessário o convívio multicultural que implica respeito ao outro, diálogo com os valores do outro.

Preconceito racial

O preconceito racial é o que mais se abrange em todo o mundo, pois as pessoas julgam as demais por causa de sua cor, ou melhor, raça. Antigamente, era comum ver-se negros africanos acompanhados de belas louras nórdicas ou de outras partes da Europa. Não existia o menor preconceito entre esses casais nem em relação a eles. Para os brasileiros, porém, era algo inédito e escandaloso; faziam-se piadas insinuando que o sucesso dos negros se devia ao fato de que eram muito bem dotados anatomicamente para o sexo. Uma visão preconceituosa típica, que procurava desqualificar o negro e que escondia, às vezes, uma boa dose de inveja.

Preconceito cultural


Preconceito cultural é uma conduta que vem se disseminando entre as mais diversas camadas sociais. Consiste na discriminação de uma pessoa pela sua origem ou mesmo por associações pejorativas e, na aceitação, por parte de outros, de uma visão deturpada de determinada cultura.

Por constituir-se num grave problema, o preconceito cultural vem sendo abordado como crime. Nesse sentido, tem-se como exemplo o deputado Maurício Rabelo, que objetiva combater esse tipo de preconceito: “Para erradicar o preconceito cultural existente no país, o parlamentar propôs uma mudança no Código Penal, incluindo como passível de punição qualquer discriminação envolvendo a cultura ou os valores culturais.”

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ter filhos hoje: uma nova realidade


Introdução

A população brasileira atual é de 183,9 milhões de habitantes (dados do IBGE – dezembro de 2007). Segundo as estimativas, no ano de 2025, a população brasileira deverá atingir 228 milhões de habitantes. A população brasileira distruibui-se pelas regiões da seguinte forma: Sudeste (77,8 milhões), Nordeste (51,5 milhões), Sul (26,7 milhões), Norte (14,6 milhões).

Taxa de Natalidade e de Mortalidade

Se observarmos os dados populacionais brasileiros, poderemos verificar que a taxa de natalidade tem diminuído nas últimas décadas. Isto ocorre, em função de alguns fatores. A adoção de métodos anticoncepcionais mais eficientes tem reduzido o número de gravidez. A entrada da mulher no mercado de trabalho, também contribuiu para a diminuição no número de filhos por casal. Enquanto nas décadas de 1950-60 uma mulher, em média, possuía de 4 a 6 filhos, hoje em dia um casal possui um ou dois filhos, em média.

A taxa de mortalidade também está caindo em nosso país. Com as melhorias na área de medicina, mais informações e melhores condições de vida, as pessoas vivem mais. Enquanto no começo da década de 1990 a expectativa de vida era de 66 anos, em 2005 foi para 71,88% (dados do IBGE).

A diminuição na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida tem provocado mudanças na pirâmide etária brasileira. Há algumas décadas atrás, ela possuía uma base larga e o topo estreito, indicando uma superioridade de crianças e jovens. Atualmente ela apresenta características de equilíbrio. Alguns estudiosos afirmam que, mantendo-se estas características, nas próximas décadas, o Brasil possuirá mais adultos e idosos do que crianças e jovens. Um problema que já é enfrentado por países desenvolvidos, principalmente na Europa.


Mortalidade Infantil

Embora ainda seja alto, o índice de mortalidade infantil diminui a cada ano no Brasil. Em 1995, a taxa de mortalidade infantil era de 66 por mil. Em 2005, este índice caiu para 25,8 por mil. Para termos uma base de comparação, em países desenvolvidos a taxa de mortalidade infantil é de, aproximadamente, 5 por mil.

Este índice tem caído no Brasil em função, principalmente, de alguns fatores: melhorias no atendimento à gestante, exames prévios, melhorias nas condições de higiene (saneamento básico), uso de água tratada, utilização de recursos médicos mais avançados, etc.


O que faz o índice da mortalidade diminuir?

Embora os motivos dessa profunda alteração sejam os mesmos para o mundo todo, é importante destacar que essa melhora no Brasil foi obtida graças ao desenvolvimento pelo qual o país passou.
De qualquer modo, mesmo apresentando condições mais adequadas de saúde e higiene, os números referentes à mortalidade infantil (que têm caído ano a ano) ainda não se encontram em um patamar aceitável.
A diminuição da mortalidade infantil está ligada, entre outros fatores, ao aumento do número de brasileiros que passaram a viver em cidades. Nas últimas décadas, nas cidades, há, por exemplo, maior acesso à assistência médica, inclusive pública. As populações mais carentes têm sido beneficiadas pela criação de órgãos públicos que fornecem assistência médica gratuita, como os postos de saúde municipais ou o Sistema Único de Saúde (SUS), organizado pelo Governo Federal.

Outros dados da População brasileira

- Taxa de natalidade (por mil habitantes): 20,40 *
- Taxa de mortalidade (por mil habitantes): 6,31 *
- Taxa de fecundidade total: 2,29 *
- Estados mais populosos: São Paulo (39,8 milhões), Minas Gerais (19,2 milhões), Rio de Janeiro (15,4 milhoes), Bahia (14 milhões) e Rio Grande do Sul (10,5 milhões). **
- Estados menos populosos: Roraima (396, 7 mil), Amapá (587,3 mil) e Acre (655,3 mil). **
- Capital menos populosa do Brasil: Palmas-TO (178,3 mil).**
- Cidade mais populosa: São Paulo-SP (10,9 milhões). **
- Proporção dos sexos: 99,6 homens em cada 100 mulheres. **

Fonte: IBGE * 2005 , ** 2007

A mortalidade no mundo



























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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Alergias


Os tipos alérgenos

Introdução

De forma simples e didática, podemos descrever a reação alérgica como uma resposta exagerada do organismo a um determinado antígeno (alérgeno).

Informações

Entre os alérgenos mais comuns encontram-se os alimentares como: amendoins, leite, ovos, alguns frutos do mar como os crustáceos, glúten, entre outros. Há ainda aqueles presentes em antibióticos (penicilina, tetraciclina), em algumas vacinas, em venenos (de abelha, vespa, cobra), substâncias químicas, etc.

Uma pessoa que tem alergia é exageradamente reativa a uma substância que, geralmente, é bem tolerada pela maior parte das pessoas.

Todas as reações alérgicas provocam algum tipo de dano aos tecidos. Tais reações ocorrem, em sua maior parte, poucos minutos após a exposição a um alérgeno. Por exemplo, um indivíduo com rinite alérgica, terá seu quadro exacerbado ou agravado minutos após ter se exposto a ambientes com acúmulo de poeira, poluição, fungos, etc.

Além das reações imediatas, citadas acima, há também aquelas conhecidas como: Reações de hipersensibilidade tardia. Estas, são assim chamadas, por se manifestarem geralmente de 12 a 72 horas após a exposição a uma alérgeno.

Como evitar os alérginos da poeira

Usar panos úmidos ao limpar a casa; Não deixar os bichos de pelúcia muito perto, pois eles acumulam muita poeira;
Lavar lençóis, travesseiros, almofadas, carpetes e tapetes semanalmente;
Usar capas em colchões, almofadas e travesseiros;

Mantendo a boa saúde

Evitar as doenças e os acidentes é tão importante quanto poder tratá-los quando eles ocorrerem. Podem ser necessários profissionais da saúde especializados ou tratamento hospitalar para doenças graves, mas a prevenção deve começar em casa. Existem muitas maneiras simples de ajudar a sua família a manter a boa saúde.

As pessoas podem se recuperar de muitas doenças comuns sozinhas, sem a necessidade de remédios. Para ajudar uma pessoa a combater ou se recuperar de uma doença, geralmente tudo que é preciso é a boa higiene, muito repouso, uma boa nutrição e água potável suficiente. Muitas doenças são causadas pela falta de higiene e podem ser prevenidas tomando-se somente água potável, fazendo-se com que todos lavem as mãos e tomando-se cuidado no preparo e na armazenagem dos alimentos.

Lavar as mãos

Enxaguar as mãos só com água não é suficiente para a boa saúde e para prevenir as doenças. Ambas as mãos devem ser esfregadas com sabão ou cinzas e enxaguadas com água corrente para eliminar os germes.

As mãos devem ser lavadas freqüentemente, principalmente depois de ir ao banheiro e antes de comer.

Preparo dos alimentos

Garantir que todos os membros da família tenham o suficiente para comer e que os alimentos sejam nutritivos, é vital para manter a boa saúde.

A maneira como os alimentos são armazenados e preparados também é importante para prevenir as doenças.

Lave bem as mãos com água e sabão antes de preparar os alimentos.
Assegure-se de que todas as panelas, pratos, facas e utensílios usados para preparar os alimentos estejam limpos.
Mantenha as carnes e peixes crus longe dos alimentos cozidos.
Cozinhe as carnes por completo antes de comê-las.
Sirva alimentos frescos. Não espere muito para comer os alimentos cozidos. O leite, o peixe, a carne cozida e o arroz cozido estragam rapidamente. Se requentar algum alimento cozido, assegure-se de ele seja requentado por completo.
As moscas transmitem doenças, assim, cubra sempre os alimentos para mantê-las afastadas.

Água potável

A água potável é vital para a saúde. Uma forma de garantir que a água seja segura para beber é fervendo-a. Ferver a água mata os germes que causam a diarréia e tornam a água potável. Se o combustível for escasso, é possível purificar a água com a luz do sol.

Depois que a água tiver sido tratada, ela deve ser mantida limpa. Se a água para beber for armazenada, certifique-se de que os recipientes estejam limpos e sejam cobertos com tampas para evitar as moscas e o pó. Não coloque as mãos na água. Ao invés disso, use uma caneca limpa de alça comprida ou uma concha para tirar a água do recipiente para beber.


Doenças emergentes

Doenças emergentes são aquelas que incidem em seres humanos, cuja ocorrência aumenta de forma severa em duas décadas. São também doenças que podem ameaçar a humanidade ou um conjunto de comunidades num futuro iminente.

São doenças que se espalham rapidamente e que aparecem em tempo recente num determinado local. As doenças emergentes surgem numa determinada área ocasionando graves problemas de saúde pública.

Os problemas causados por uma doença emergente pode ser de escala local, regional ou global. Elas são são resistentes a antibióticos e tratamento de quimioterapia.

A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, ou a partir de animais, principalmente insetos, água e comida contaminada. Doenças emergentes surgidas entre os anos de 1940 e 2004, são analisadas atualmente por investigadores especializados. A revista Nature publicou um relatório desse estudo a respeito de 335 doenças emergentes.

A pesquisa permitiu a elaboração de mapas que indicam as regiões do mundo mais propícias a gerar a contaminação de novas doenças. O mapa viabiliza a previsão de futuras ameaças, considerando o aumento populacional e a diversidade da fauna, os cientistas identificam como ameaça um possível conflito entre fauna e crescimento demográfico.

Os cientistas acreditam que cerca de 60% das doenças emergentes são provenientes de doenças pertencentes aos animais e transmitidas ao homem (zoonoses), principalmente de animais selvagens. Na maioria dos casos, as regiões de maior risco de zoonoses estão no sudeste asiático, sub-continente indiano, delta do Niger e os Grandes Lagos Africanos.

Para prevenir surtos de doenças emergentes é necessário proteger as áreas ricas em biodiversidade. As alterações climáticas, na década de 90, foi uma das principais causas do surto de doenças vetoriais transmitidas pelos mosquitos. Outro problema é a concentração de recursos avançados de vigilância sobre esse tipo de doença nos países ricos e em desenvolvimento.

Como exemplo apresentamos quatro das doenças mais graves:

Ebola
A doença foi registrada pela primeira vez em 1976, e a descoberta do vírus em 1977. Casos em aborígenes africanos foram confirmados na Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão e Sudão. Leia mais: Ebola.

Hepatite C
Doença identificada em 1989, é o maior causador de hepatite pós – transfusional no mundo, com grande incidência de casos no Japão , EUA e leste da Europa .

Encefalite Espongiforme
Surgida em 1980, é uma doença emergente recente , uma nova variante do mal de de Creutzfeldt – Jakob , primeiramente descrita no Reino Unido em 1996 .

Haemophilus Influenza (H5N1 )
É um patógeno de pássaros, o vírus foi isolado de um caso humano pela primeira vez em 1997 . Foi contido no mesmo ano por precariedade em sua transmissão.

Doenças reemergentes



Doenças reemergentes são aquelas devidas ao reaparecimento ou, aumento do número de infecções por uma doença já conhecida, mas que, por ter vindo causando tão poucas infecções, já não estava sendo considerada um problema de saúde pública.

CÓLERA: A cólera reapareceu em países onde ela já havia previamente desaparecido a medida em que as condições de saneamento e alimentação se deterioraram. Em 1991, na América do Sul, mais de 390 mil casos foram notificados, sendo que por um século não se registravam casos de cólera.

DENGUE: A dengue se espalhou por vários países do sudeste asiático desde a década de 50 e reemergiu na América na década de 90, como consequência da deterioração do controle ao mosquito e a disseminação do vetor em áreas urbanas.

DIFTERIA: Reemergiu na Federação Russa e algumas outras repúblicas da antiga União Soviética em 1994 e culminou em 1995 com mais de 50.000 casos relatados. A reemergência está associada a um declínio dramático nos programas de imunização seguidos de uma “falência” nos serviços de saúde que se iniciou com o fim da URSS.

FEBRE RIFT VALLEY(RVF) : Doença caracterizada por febre e mialgia, mas em alguns casos progride para retinite, encefalite ou hemorragia. Seguindo uma anormal temporada chuvosa no Kenya e na Somália no fim de 1997 e início de 1998, RVF ocorreu em vastas áreas , causando febre hemorrágica e morte pela população humana. O severo grau desta doença se deve a muitos fatores, incluindo condições climáticas, mal nutrição e possivelmente, outras infecções.

FEBRE AMARELA: Exemplo de doença para a qual há várias vacinas mas, devido ao uso não generalizado para todas as áreas de risco, epidemias continuam a ocorrer. A ameaça da febre amarela está presente em 33 países africanos e 8 sul americanos. É comum em florestas tropicais onde o vírus sobrevive em macacos. As pessoas levam vírus para os vilarejos e a simples presença de um vetor espalha rapidamente a doença, que mata facilmente pessoas imuno-suprimidas.

TUBERCULOSE: A tuberculose se comporta como uma doença reemergente devido ao aumento gradativo de casos no passar dos últimos anos. Isto se dá devido ao processo de seleção responsável pela existência de cepas altamente resistentes a antibióticos. Além disso, o HIV contribui largamente para a manifestação da doença.



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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma viagem ao Egito Antigo

Introdução

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3200 a.C (unificação do norte e sul) a 32 a.c (domínio romano).

Como a região é formada por um deserto (Saara), o rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.

A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.

A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.


A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).

A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam : chacal (esperteza noturna), gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

No campo da arquitetura podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava. As pirâmides e a esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.

Papiro

O que é, características, uso na história

Esta planta, da família das cyperaceas, é muito comum nas margens de rios da África. As folhas são longas e fibrosas, um pouco semelhantes às folhas de cana-de-açúcar.

No Egito Antigo, o papiro era encontrado nas margens do rio Nilo. Foi muito utilizado pelos egípcios para diversos propósitos. As folhas eram sobrepostas e trabalhadas para serem transformadas numa espécie de papel, conhecido pelo mesmo nome da planta. Este papel (papiro) era utilizado pelos escribas egípcios para escreverem textos e registrarem as contas do império. Vários rolos de papiro, contando a vida dos faraós, foram encontrados pelos arqueólogos nas pirâmides egípcias.

O papiro tinha outras funções no Egito Antigo. Os artesãos utilizavam a planta para a fabricação de cestos, redes e até mesmo pequenas embarcações (através da formação de feixes). Era também utilizado como alimento pelas pessoas mais pobres e também para alimentar o gado.

Até hoje os egípcios plantam e utilizam o papiro, porém podemos encontrar plantações desta planta em regiões do sul da Itália.

Mito de Osíris

Mumificação - Pesagem das Almas

Segundo a lenda, Osíris foi um bom governante do Egito. Seth, seu írmão, movido pela inveja e utilizando as suas artes maléficas, mandou assassiná-lo e cortá-lo em pedaços. A esposa de Osíris, Ísis, procurou os seus restos por todo o Egito e, com a ajuda de Néftis, embalsamou-o.

A maldade de Seth não ficou impune, uma vez que os Deuses, instigados por Hórus, filho de Osíris, o levaram a julgamento e o condenaram. Baseados nisso, os egípcios, inclusive o faraó, deviam submeter-se a este julgamento para poder gozar junto a Osíris de uma eternidade nos campos de Iaru (paraíso).

Embora as origens dessa crença remontem ao Antigo Império, segundo atestam alguns túmulos, as representações da psicostasia foram mais abundantes durante o Novo Império. Diodoro Sículo (século I a.C.) também fala de um tribunal a que se submetia a múmia antes de ser sepultada. Antes de chegar à Sala das Duas Verdades para o julgamento, o morto já se havia purificado mediante alguns rituais e para agradar aos deuses, oferecia-lhe flores de lótus, símbolo da criação e do renascimento, pois essas flores fecham-se à noite e abrem-se de dia.

Antes da Pesagem das Almas (Julgamento) ocorria a mumificação, que para os antigos egípcios era um ritual sagrado, para eles o corpo era constituído de diversas partes: o ba, ou alma, o ka, ou força vital, e o akh, ou força divina inspiradora da vida. Para alcançar a vida depois da morte, o ka necessitava de um suporte material, que habitualmente era o corpo (khet) do morto. Este devia manter-se incorrupto, o que se conseguia com a técnica da mumificação. Os sacerdotes funerários encarregavam-se de extrair e embalsamar as vísceras do corpo. A técnica de embalsamar era muito complicada, e os sacerdotes deviam ter conhecimentos de anatomia para extrair os órgãos sem danificá-los.

Primeiro extraíam o cérebro introduzindo um gancho no nariz, depois de terem partido o osso etmóide. A seguir; marcavam, com um pincel, uma linha no lado esquerdo do corpo, onde faziam um corte para extraír as vísceras. O coração, que devia controlar o corpo no Além, e os rins, aos quais o acesso era difícil ou por motivos ainda não revelados (descobertos), permaneciam dentro do morto. As vísceras eram lavadas com substâncias aromáticas e colocadas em Vasos Canopos (vasos ou urnas de pedra), representando divindades chamadas Filhos de Hórus, que protegiam as vísceras da destruíção. Eram quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de falcão e de macaco. A partir da XXI dinastia, estes órgãos eram enfaixados e colocados dentro do corpo do morto.

Hieróglifos

No Egito Antigo a escrita mais usada era conhecida como escrita hieroglífica, pois era baseada em hieróglifos. Estes eram desenhos e símbolos que representavam idéias, conceitos e objetos. Os hieróglifos eram juntados, formando textos. Esta escrita era dominada, principalmente, pelos escribas.

Os egípcios escreviam, usando os hieróglifos, no papiro (espécie de papel feito de uma planta de mesmo nome) e também nas paredes de pirâmides, palácios e templos.

Estes hieróglifos são a principal fonte histórica para entendermos a história desta importante civilização antiga. Poucos egiptólogos (estudiosos do Egito Antigo) conseguem decifrar a escrita hieroglífica.

Maldição radioativa nos túmulos egípcios

Muitos acreditam que os faraós protegiam seus jazigos com maldições contra possíveis violadores de tumbas. A mais famosa mandinga do tempo das pirâmides é a que se atribui ao rei Tutancâmon, pelo fato de os arqueólogos que abriram seu sarcófago, em 1922, terem morrido de males não identificados. Lendas à parte, é certo que as necrópoles antigas do país estão amaldiçoadas, já que muitas delas foram erguidas com pedras contendo urânio radioativo. Um resíduo desse mineral, o gás radônio, também tóxico, vem sendo encontrado pela Agência de Energia Atômica egípcia em vários monumentos. "Especula-se que os egípcios conhecessem a radioatividade", diz o egiptólogo Antônio Brancaglion, da Universidade de São Paulo. "Mas é pouco provável que a tenham usado contra violadores de túmulos."

A formação do Egito

Muito antes de se transformar em um imponente império, a civilização egípcia passou anos estabelecendo o processo de povoamento das regiões próximas ao Vale do rio Nilo. Segundo algumas pesquisas, os primeiros povos a ocuparem a região foram os hamíticos, semitas e núbios. Todos esses pequenos agrupamentos apareceram durante os últimos séculos do período Neolítico, momento em que a estabilidade climática permitiu a instalação dos primeiros povoados.

O crescimento populacional e a expansão das atividades de caça, pesca e agricultura permitiu o surgimento de aldeias conhecidas como nomos. Cada nomo era dotado de uma concepção político-administrativa singular e tinha suas principais decisões tomadas por um chefe conhecido como nomarca. Com passar dos anos, o grau de interação entre essas comunidades se acentuou, principalmente diante a necessidade de se construir diques e canais de irrigação que melhorasse a atividade agrícola.

Das simples aldeias, começaram a aparecer as primeiras cidades do Vale do rio Nilo. Com isso, a organização política dos egípcios se tornou mais complexa e, por isso, deu origem a dois Estados distintos: o Alto Egito, localizado na região sul, e o Baixo Egito, na posição norte, que abrangia o delta do Rio Nilo. Segundo o levantamento feito por algumas pesquisas, essa divisão política imposta por estes dois reinos vigorou entre os anos de 3500 e 3200 a.C..

Por volta de 3200 a.C., Menés (também conhecido pelos nomes “Meni”, “Narmer” e “Men”), governante do Alto Egito, realizou o processo de unificação dos dois reinos formados ao longo do Rio Nilo. Por meio desta ação se transformou no primeiro Faraó da história egípcia. Com esse novo título, alcançou a condição de governante supremo de todo o Egito e tinha poderes para intervir em questões administrativas, jurídicas, militares e religiosas.

Segundo a crença egípcia, o faraó era uma divindade encarnada, descendente do deus-sol Amon-Rá e, ao mesmo tempo, encarnação de Hórus, o deus-falcão. Assumindo natureza teocrática, o governo de Menés transformou os chefes dos quarenta e dois nomos em funcionários públicos subordinados ao Estado. Além disso, as terras passaram a ser controladas por ele e a população foi obrigada a pagar imposto na forma de serviços e trabalhos compulsórios.

Com isso, a história política do Egito Antigo viveu um novo momento estabelecido a partir da formação deste império. Historicamente, o Império Egípcio é dividido em três períodos: Antigo Império (3200-2000 a.C.), período que vai da unificação político territorial, até a desmobilização do poder monárquico; o Médio Império (2000-1580 a.C.), compreendido entre a recomposição do poder centralizado e a invasão dos hicsos; e o Novo Império (1580 – 525 a.C.), iniciado pela expulsão dos hicsos indo até a invasão dos persas.

Surgimento do faraó

Desde 5000 a.C, o Egito era habitado por povos que viviam em clãs, chamados nomos. Estes nomos eram independentes uns dos outros, mas cooperavam entre si quando tinham problemas em comum. Essas relações evoluíram e levaram a formação de dois reinos independentes:

Reino do Baixo Egito --> união dos nomos do Norte
Reino do Alto Egito --> união dos nomos do Sul

Por volta de 3220 a.C., esses dois reinos foram unificados por Menés, que se tornou o primeiro faraó, o governante absoluto do Egito, considerado um verdadeiro Deus na Terra. O faraó usava uma coroa dupla para demonstrar que era o rei do Alto e Baixo Egito. Menés fundou, assim, a primeira dinastia de faraós, finalizando o período Pré-dinastico.

A construção da civilização egípcia

O barro formado depois das inundações também servia para fazer tijolos. Com isso, os egípcios conseguiram construir casas mais resistentes aos ventos do deserto do que as de madeira.
Para aproveitar os benefícios trazidos pelo Nilo, era necessário fazer obras (diques) que permitisem maior controle sobre as cheias do rio, além de construir canais de irrigação para levar água a lugares distantes. Foi aí que os nomarcas desempenharam papel decisivo, organizando a população na realização desse trabalho.
Alguns historiadores afirmam que foi a necessidade de controlar as cheias do Nilo que levou os nomos a se reunirem em reinos e, mais tarde, num Estado unificado.

O rio Nilo e a sobrevivência no Egito Antigo

O lugar onde os egípcios se estabeleceram não é um deserto comum. No meio da paisagem árida e quente, corre o rio Nilo, com mais de 6500 km de extensão.
O rio Nilo nasce no centro do território africano.
Pouco antes de desaguar no mar Mediterrâneo, o rio Nilo divide-se numa série de grandes canais, formando um delta.
Os grupos que se fixaram às margens do rio Nilo logo perceberam que, quase todos os anos, no período que corresponde aos meses do julho a outubro em nosso calendário o rio transbordava, inundando suas margens, e de novembro a março, voltava ao seu volume natural.

Faraó: Deus e Rei supremo

O faraó tinha tomar todas as decisões relativas ao reino: comandava os trabalhadores, criava leis, coordenava a defesa contra possíveis invasores, controlava as colheitas e a armazenagem dos grãos, mandava distribuir alimentos quando necessário, encomendava obras públicas e cuidava das finanças, adimistrando os impostos cobrados.

Será que o faraó fazia tudo sozinho?

Não, cada auxiliar do faraó tinha uma função. O mais importante deles era o vizir, seu homem de confiança. Ele supervisionava as grandes obras do Egito e auxiliava o faraó na administração do Império, dando-lhe conselhos e executando suas ordens.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ciências:doenças urbanas


Introdução

A vida agitada nos grandes centros urbanos, a falta de exercícios físicos, o estresse, a poluição, a alimentação rápida e rica em gordura e açúcar e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e tabaco estão causando diversas doenças nos brasileiros. Advindos destes problemas, são mais comuns, nos grandes centros urbanos, doenças como o câncer, o diabetes e doenças do coração.

Enquanto isso, na zona rural e nas periferias das grandes cidades, aumentam os casos de doenças infecciosas e parasitárias, em função das péssimas condições de higiene. A falta de água tratada e o deficiente sistema de esgoto nas regiões norte e nordeste do Brasil tem sido a causa de várias doenças, como, por exemplo: cólera, malária, diarréia e hanseníase.

Veja abaixo as principais doenças no Brasil :

Doenças do aparelho circulatório

Este tipo de doença faz parte do grupo que mais mata em nosso país. Podemos citar como exemplos: derrame, hipertensão e infarto. São doenças que se desenvolvem no corpo humano em função de componentes genéticos associados ao estilo de vida e hábitos de alimentação. O fumo, a bebida alcoólica, o estilo de vida sedentário e estressante estão como causas principais destes tipos de doenças. A alimentação com excesso de gorduras animais, carboidratos e sal também prejudicam o sistema circulatório e o coração, podendo provocar tais doenças.

Câncer

De acordo com os últimos dados, verificou-se que o câncer é a segunda doença que mais mata no Brasil. O câncer é causado por uma multiplicação excessiva de células em determinadas regiões do corpo. Se não tratados a tempo, podem se espalhar pelo corpo (metástase) e acometer vários órgãos, provocando a morte do paciente. Os tipos de câncer mais comuns são : câncer de pele, câncer de mama, câncer de pulmão, câncer de próstata entre outros. Há um fator genético no desenvolvimento do câncer, porém a alimentação e os hábitos de vida também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer. Fumantes, por exemplo, possuem uma maior probabilidade de desenvolverem o câncer de pulmão. O diagnóstico rápido e tratamentos com quimioterapia ainda são os recursos disponíveis mais usados no combate ao câncer.

Doenças respiratórias

As doenças respiratórias mais comuns são: bronquite, asma e pneumonia. Atingem principalmente os habitantes dos grandes centros urbanos, que respiram um ar de péssima qualidade. O monóxido de carbono e o dióxido de carbono (gás carbônico) são gases resultantes da queima de combustíveis fósseis e são altamente prejudiciais ao sistema respiratório do ser humano. A inalação de gases poluentes pode provocar o aparecimento destes tipos de doenças.

Diabete

É uma doença causada por fatores genéticos e também por hábitos alimentares não adequados. A obesidade, por exemplo, pode desencadear a diabete. As pessoas que tem diabete precisa de cuidados rigorosos, pois correm o risco de terem problemas como : amputação de órgãos causados por necrose, cegueira, lesões renais etc. O acompanhamento das taxas de açúcar no sangue é fundamental para o paciente que tem diabete. O tratamento pode ser feito com dietas em casos mais simples ou com injeções de insulina, para casos mais graves.

Diabete e hipertensão

No Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), o Ministério da Saúde faz um alerta: a doença é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma epidemia mundial e, junto com a hipertensão, é a doença que mais mata no Brasil. É também a principal causa de internações por complicações como doença cardiovascular, diálise por insuficiência renal crônica e amputações de membros inferiores. Mas o diabetes pode ser evitado, com hábitos de vida saudáveis e alimentação adequada.

Acidente vascular cerebral

O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo.

O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).

Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias:

O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.


No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos.


Ataque cardíaco



Ataque cardíaco acontece quando o coração não recebe quantidade suficiente de oxigênio fazendo com que uma parte dele morra fazendo com que não funcione da maneira correta. A maior causa desse fato é a grande quantidade de gordura na parede das artérias formando placas que obstruem o vaso sanguíneo e impede o fluxo do sangue.

A maioria dos casos de ataque cardíaco se dá em pessoas com pressão alta, colesterol e tri glicerídeos elevados, diabetes, estresse, tabagismo e vida sedentária. Ocorre em pessoas com idade igual ou superior a 25 anos se manifestando de modo repentino e inesperado.

Os sintomas são dores no peito, no ombro, braço, barriga ou mandíbula, falta de ar, suores, náuseas, fraqueza, tonteira e palidez. Ao aparecer os sintomas, o médico deve ser imediatamente procurado, sendo uma doença de fácil diagnóstico, o indivíduo será submetido a um eletrocardiograma para confirmação do diagnóstico médico.

O primeiro passo para o tratamento é desentupir e dilatar a artéria obstruída e diminuir a dor do paciente. Para prevenir é necessário se adaptar em algumas mudanças na rotina diária como fazer exercícios, reduzir a taxa de colesterol, controlar a diabete e a pressão, abandonar o tabaco, mudar hábitos alimentares e usar corretamente a medicação se indicada pelo médico.


Gastrite

A gastrite pode ser causada por diversos fatores diferentes.

• Helicobacter pylori: essa bactéria tem a capacidade de viver dentro da camada de muco protetor do estômago. A prevalência da infecção por esse microorganismo é extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o resto da vida a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, ao câncer de estômago.

• Aspirina: o uso de aspirina e de outros antiinflamatórios não-esteróides podem causar gastrite porque levam à redução da proteção gástrica. Importante ressaltar que esses medicamentos só levam a esses problemas quando usados regularmente por um longo período. O uso de corticóide por longo período também pode levar a gastrite.

• Álcool: pode levar à inflamação e dano gástrico quando consumido em grandes quantidades e por longos períodos.

• Gastrite auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para combater fatores agressores externos. Em algumas situações, entretanto, pode haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a vários tipos de doenças (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1). Na gastrite auto-imune, os anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a longo prazo.

• Outras infecções: a gastrite infecciosa pode ser causada por outras bactérias que não o H. pylori, como por exemplo a bactéria da tuberculose e a da sífilis; pode também ser causada por vírus, fungos e outros parasitas.

• Formas incomuns: são causas mais raras. Temos as gastrites linfocítica e eosinofílica; a gastrite granulomatosa isolada; e a gastrite associada a outras doenças como a sarcoidose e a doença de Crohn.

• A gastrite aguda também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de tratamento intensivo, em pacientes politraumatizados e em grandes queimados.


Obesidade



Os problemas com o aumento do peso há muito deixaram de ser dramas pessoais para poucos, para se tornarem o maior problema de saúde pública mundial. Cada vez mais gordas, as populações urbanas e rurais têm na obesidade o maior vilão da vida moderna. Além do sedentarismo, incentivado pela tecnologia que nos deixa sempre mais "preguiçosos", a péssima alimentação baseada em produtos industrializados como o fast-food tem aumentado casos de doenças crônicas decorrentes do excesso de peso.




Evolução tecnológica e sedentarismo a favor da obesidade
A tecnologia também parece jogar contra. À medida em que evoluímos e compramos um carro, que utilizamos vários tipos de controle remoto, que utilizamos elevadores, escadas rolantes e botões que abrem e fecham os mais variados dispositivos que necessitamos, passamos a queimar muito menos calorias. Assim, o sedentarismo parece ser um fator muito importante no avanço da obesidade. “Apesar de existirem vários fatores aliados ao sedentarismo, determinando o aumento progressivo do peso das pessoas do mundo todo, são os novos hábitos alimentares os grandes vilões. Não há dúvida de que engordamos porque comemos muito mais calorias do que gastamos, muitas vezes, em pequenos volumes de alimentos densamente calóricos, outras vezes, gran
des porções de alimentos lights ou diets, que consumidos em grandes volumes, têm o mesmo efeito dos anteriores”, defende a endocrinologista Ellen Simone Paiva.
Ao avaliar as mudanças alimentares que podem estar relacionadas com o aumento de peso no mundo, o Dr Popkin descreveu, com grande propriedade, algumas delas:


Aumento no consumo de açúcar nos últimos 30-40 anos;


Aumento no consumo dos óleos vegetais;


Aumento do consumo de laticínios;


Aumento no consumo de alimentos processados e carboidratos refinados;


Redução do consumo de frutas e vegetais;


Aumento do consumo de lanches;


Consolidação dos supermercados como locais de compra de alimentos, onde as famílias consomem preferencialmente alimentos industrializados.




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