terça-feira, 8 de junho de 2010

O mundo urbano


Distrito Federal


A idéia da mudança da capital, do Rio de Janeiro para o interior, é bastante antiga. Hipólito José da Costa já a defendia no início do século passado. José Bonifácio apresentou projeto para mudança da capital, na Constituinte que acabaria dissolvida por Dom Pedro I. Todas as constituições da República (de 1891, de 1934, de 1937 e de 1946), previam a mudança.



Conceitos de cidade e município


As cidades brasileiras vêm passando por uma reestruturação. A febre de construção de edifícios de luxo já não se restringe a áreas nobres ou centrais. Os galpões que antes abrigavam fábricas em bairros tipicamente industriais, hoje são transformados em condomínios para classe média e alta. Nas áreas de antigas fazendas surgem condomínios fechados horizontais. Com todas essas mudanças ainda seria possível fazer a distinção entre urbano e rural, entre centro e periferia? O Brasil é um país urbano ou rural?
De acordo com os resultados do Censo Demográfico de 2000, 81.2% da população reside em áreas urbanas. Este percentual cai para 57% em outras pesquisas realizadas por equipes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (Ipea) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Origem das cidades espontaneas e planejadas



As cidades podem ser classificadas quanto à origem. Nesses termos, encontram-se duas categorias:
Vista da região central da cidade de São Paulo
cidades espontâneas ou naturais: constituem a maioria das cidades do planeta e foram formadas, através dos tempos, em locais que apresentavam algum tipo de vantagem para seu primitivo grupo populacional.É o caso de cidades que se localizam às margens de mares e de rios, que proporcionam alimentação e facilidade de transporte, por exemplo. Mas é também o caso de cidades que surgiram em torno de castelos, nos entroncamentos de estradas ou em rotas comerciais, que ofereciam respectivamente garantia de segurança, facilidade de deslocamento ou oportunidade de negócios.Alguns exemplos: Londres (Reino Unido), Moscou (Rússia), Paris (França), Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil).
cidades planejadas: aquelas que são intencionalmente criadas em locais previamente escolhidos, implantadas em períodos temporais relativamente breves, com finalidade de caráter geopolítico.Em geral, as cidades planejadas têm seu planejamento rapidamente atropelado pelo crescimento populacional, o que faz o traçado original sucumbir diante da espontaneidade com que a população se espalha pelo seu entorno ou por seu interior.O exemplo máximo que se poderia dar do fenômeno, em termos brasileiros, é Brasília, planejada para acolher 500 mil habitantes, mas já teve esse número multiplicado por quatro, de acordo com o censo de 2000.Outros exemplos: Camberra (Austrália), Islamabad (Paquistão), Belo Horizonte e Goiânia (Brasil).


Conceitos de metrópoles e cidades globais


Cidades globais: aquelas em que se concentra a movimentação financeira, onde se situam as sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de multinacionais, importantes universidades e centros de pesquisa. Elas dispõem da infra-estrutura necessária para a realização de negócios nacionais e internacionais, como aeroportos e/ou portos, bolsas de valores e avançados sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, bancos, centros de convenções, de eventos e de comércio.
Megacidades: são cidades com mais de 10 milhões de habitantes.Sendo o conceito de megacidade meramente populacional, ele pode se mesclar ao de cidade global. Nova York (EUA), Tóquio (Japão) e São Paulo (Brasil) são simultaneamente cidades globais e megacidades. A Europa apresenta diversas cidades globais que, entretanto, não são megacidades: Londres (Reino Unido), Paris (França), Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha). A Ásia concentra diversas megacidades que, contudo, não são cidades globais: Pequim (China), Nova Délhi, Calcutá e Mumbai (Índia), Karachi (Paquistão). Na África, Lagos (Nigéria) é uma megacidade.







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